A finais de Setembro de 2018 tivemos a oportunidade de viajar a Islândia, “a ilha do gelo e do fogo”. Um país caracterizado pelo seu clima gelado e pelas famosas Auroras Boreais.

Sem dúvida alguma uma viagem que não vais esquecer nunca. As paisagem quase surreais, parecem saídas de um filme. Uma viagem diferente e enriquecedora.

Decidimos viajar a Islândia durante 12 dias e acho que foi uma decisão acertada. Conseguimos dar a volta à ilha sem ter que andar com pressas, isso sim, controlando um pouco o tempo para não ter surpresas. Ao ser a nossa primeira vez no país, não tínhamos a noção de quanto tardaríamos em cada cidade. Assim que foi melhor prevenir. ?

A Islândia é um país Nórdico Europeu situado no Oceano Atlântico Norte. A sua capital é Reikiavik, a maior cidade da ilha, que abriga cerca de dois terços da população nacional. A língua oficial é o Islandês, mas a maior parte da população sabe falar Inglês. O que para nós foi uma grande ajuda, já que o Islandês não é uma língua nada fácil.

Descobrimos Islândia juntos?

 

Dia 1

O nosso voo saiu de Barcelona às 18h25min e chegou a Islândia por volta das 21h00. Duas horas a mais do que em Espanha, três horas a mais do que em Portugal. Na zona de chegadas, estava à nossa espera um rapaz da agência de onde contratamos a Camper Van. Que nos levou até à agência para podermos recolher a nossa casa sobre rodas. ? Uma vez recogida a Camper Van, decidimos passar a nossa primeira noite num parque de campismo em Grindavik, que se encontra mais ou menos a 25 km do aeroporto.

 

Dia 2

Primeiro dia do nosso roteiro por Islândia. Estávamos ansiosos por fazermo-nos à estrada e descobrir cada canto! 3, 2, 1…começa a aventura!

Keldur – Uma pequena aldeia onde Vikings viveram e lutaram há mais de 1000 anos. Uma aldeia Viking com casas de relva, uma das mais antigas de Islândia.

Keldur - Aldeia de relva

Keldur – Aldeia de relva

Seljalandsfoss – É a única cascata que podes rodear completamente. Do lado direito encontrarás um caminho por onde podes passar e descobrir o que se esconde por detrás da cascata. A sensação de estar por “detrás” ou por “debaixo” da cascata é impressionante, e poder ver a força da natureza tão de perto não tem preço. Sem dúvida alguma que esta cascata tem que estar na tua lista de lugares a não perder em Islândia.

Seljalandsfoss

Seljalandsfoss

Gljúfrafoss – Esta cascata encontra-se a uns 700 metros da cascata Seljalandsfoss.
Pelo caminho vais encontrar muitas mini cascatas (nas montanhas) ou pequenas saídas de água nas rochas. Um passeio super bonito e de fácil acesso. Gljúfrafoss é uma cascata que está rodeada de rochas, o que dificulta, mas não impede o seu acesso.

Gljúfrafoss

Gljúfrafoss

Skógafoss – É uma das cascatas mais conhecidas e visitadas pelos turistas. A verdade é que é espetacular, não só a cascata em si, senão também ao seu redor. Tem um miradouro com vistas panorâmicas e uma vista privilegiada à cascata. Um lugar junto ao rio com vista para a cascata, o sítio perfeito para um picnic, não achas?

Skógafoss

Skógafoss

Sólheimajökull – Um glaciar perfeito para uma caminhada ou escalada pelo gelo. Isso sim, sempre com excursões contratadas, já que não se aconselha subir ao glaciar sozinhos. Nós simplesmente passeamos pela praia de areia preta e subimos umas montanhas para poder ver o glaciar mais de perto.

Sólheimajökull

Sólheimajökull

 

Dia 3

Reynisfjara – É a famosa praia de areia preta, a mais falada e procurada devido ao relevo das suas rochas. Uma praia completamente distinta ao que estamos habituados, mas com um encanto especial. Infelizmente, não pudemos desfrutar muito da praia, porque chovia granizo torrencialmente. Devido às condições climáticas foi uma visita express.

Reynisfjara

Reynisfjara

Dakota Wreck – O avião caído em Sólheimasandur (uma praia de areia preta). Diz-se que em 1973, o avião da marinha dos EUA precisou de fazer uma aterragem de emergência, e que o local escolhido foi esta praia. Hoje em dia, ainda não se sabe o verdadeiro motivo desta aterragem, se foi por uma emergência ou se por falta de gasolina.

Dakota Wreck

Dakota Wreck

Dyrhólaey – O arco de Dyrhólaey é muito cobiçado pelos turistas. E como não podia deixar de ser, estava na nossa lista de lugares a visitar. Infelizmente, só conseguimos chegar a metade do caminho, já que para chegar ao arco temos de passar por uma estrada F. E devido a não termos um carro 4X4 não podemos passar.

Canhão de Fjaðrárgljúfur – Apesar das muitas paisagens que te deixam sem palavras em Islândia, o canhão de Fjaðrárgljúfur é uma das paisagens mais procuradas. Este canhão tem 100 metros de profundidade e aproximadamente 2 km de comprimento.

Mas mais uma vez tivemos de ficar pelo caminho devido às estradas F. ? Na realidade, ficámos bastante frustrados por não podermos visitar o canhão, mas o lado positivo é que já temos pelo menos duas desculpas para voltarmos a Islândia.

Dia 4

Svartifoss – De todas as cascatas que vi em Islândia, Svartifoss é a mais bonita. Pode-se dizer que Svartifoss é uma das estrelas da Islândia, sendo uma das suas maiores atrações pelas suas colunas basálticas que têm uma beleza especial. E também, a caminhada que temos de fazer até chegar a ela, tem vistas impressionantes. Aproveita para tirar boas fotografias! ?

Svartifoss

Svartifoss

Svínafellsjökull – É uma língua do gigantesco glaciar Vatnajökull, o maior da Europa. Aqui também encontrarás um lago glaciar.

Svínafellsjökull

Svínafellsjökull

Hofskirkja – Uma pequena igreja de relva na vila de Hof. Diz-se que é a última igreja de relva em Islândia.

Hofskirkja

Hofskirkja

Fjallsárlón – É um lago glaciar localizado no extremo sul do glaciar Vatnajökull. Aqui podes encontrar alguns icebergs a flutuar na superfície do lago. Quando nós visitámos Fjallsárlón chovia torrencialmente, por isso não conseguimos visitá-lo como queríamos.

Jökulsárlón – Este é o famoso glaciar que aparece no videoclipe de Justin Bieber. Dos três glaciares que visitámos, para mim este é o mais bonito. Podes dar um passeio à beira do lago e tocar em pequenas pedras de gelo desprendidas pelos icebergs. E o mais emocionante é que podes ver focas. ? E depois desta aventura gelada, podes sentar-te num café junto ao glaciar para tomar um chocolate quente e aquecer um pouco!

Jökulsárlón

Jökulsárlón

 

Dia 5

Hengifoss – Com 118 metros, é a segunda maior cascata da Islândia. E só por isso já vale a pena ser visitada.

Lagarfljót – É um lago que se encontra no Vale de Fljótsdalur. Está super perto da cascata Hengifoss e também do maior bosque de Islândia. Existe uma lenda que diz que, no fundo do lago vive um monstro chamado Lagarfljotsormurinn. E tu, achas que é uma lenda ou realidade!? ?

Hengifoss e Lagarfljót

Hengifoss e Lagarfljót

Seydisfjördur – Sem dúvida alguma que é a aldeia mais bonita e colorida de Islândia, digna de postal! A aldeia de Seydisfjördur também é conhecida pela sua conexão entre Islândia e Dinamarca, via Ferry.

Seydisfjördur

Seydisfjördur

 

Dia 6

Dettifoss – Esta cascata está localizada no Parque nacional Jökulsárgljúfur e é considerada a cascata mais caudalosa da Europa.

Dettifoss

Dettifoss

Selfoss – Está a 1.4 km de distância desde Dettifoss, se seguires os sinais de indicação, verás que não há lugar para dúvidas. A cascata de Selfoss está localizada no rio Jökulsá à Fjöllum e é mais uma cascata de cortar a respiração!

Selfoss

Selfoss

Cratera Viti – É a cratera do vulcão Krafla. Quando visitámos a cratera Viti, estava tudo completamente nevado! O que na verdade gostámos bastante, já que podemos ver uma cratera nevada e outra sem neve. Poder ter as duas perspectivas na mesma viagem foi uma sorte. E as vistas… grandiosas!

Cratera Viti

Cratera Viti

Hverir – É uma zona geotérmica localizada no Norte de Islândia. Hverir, muitas vezes está oculta devido ao fumo que desprende. Pessoalmente, gostei muito de ver Hverir já que é uma coisa que aprendemos na escola e que é pouco provável que o consigamos ver. A não ser que viajes a Islândia claro! ?

Nota: O cheiro a enxofre é de tudo menos agradável, assim que decidimos fazer uma visita rápida e continuar com o nosso roteiro.

Hverir

Hverir

Cova Grjótagjá – É uma cova geotérmica que por dentro possui um “banho termal”. De momento não é possível tomar banho dentro da cova devido às suas temperaturas de mais de 50 ºC.

Cova Grjótagjá

Cova Grjótagjá

Dimmuborgir – É um dos campos de lava maiores do país. Um passeio cheio de história e paisagens imperdíveis. Um lugar 100% recomendado!

Dimmuborgir

Dimmuborgir

Península de Höfði – Nesta península encontra-se uma pequena floresta junto ao lago Mývatn. Um lugar com uma densa vegetação tanto de árvores como de plantas. Um dos poucos sítios onde vais encontrar floresta em Islândia. Esta península tem de estar na tua lista de lugares a visitar, não só pelas bonitas paisagens senão também pela tranquilidade que te transmite.

Península de Höfði

Península de Höfði

Banhos termais de Mývatn – Depois de vários dias de viagem, o cansaço já se vai notando e nada melhor que um banhinho termal para recarregar as energias. A entrada aos banhos termais de Mývatn custou-nos 91.20€ – 11.700 ISK (entrada para 2 pessoas + 2 toalhas). Se visitas Islândia esta é uma paragem obrigatória.

Uma experiência maravilhosa! ❤️

Banhos termais de Mývatn

Banhos termais de Mývatn

 

Dia 7

Goðafoss – Em Islandês significa cascata dos deuses. Não é uma das maiores cascatas que vais encontrar no teu recorrido por Islândia a nível de altura, mas sim é uma cascata realmente impressionante em termos de longitude (30 metros). Outro sítio bonito para fotografar sem parar!

Goðafoss

Goðafoss

Glaumbaer – Um dos lugares culturais do país melhor preservados. Estas casitas de relva são simplesmente bonitas. O que eu mais gosto nelas são as suas cores e a sua simplicidade. Adoro ver e aprender a história de outros países, e esta visita leva-te directamente ao século XVIII. Hoje em dia Glaumbaer está convertido em museu e visitá-lo deveria ser um ponto importante na tua guia de viagem.

Glaumbaer

Glaumbaer

Hvitserkur – Para chegar a Hvitserkur (pedra rinoceronte), sofremos bastante. Chovia muito (não podíamos ver quase nada), um vento que quase nos levava a carrinha e a estrada estava em muito mau estado. Enfim, conduzimos durante 30 km, com uma velocidade média de 10 km/hora e demoramos quase 02h30 para chegar! ?
Depois de muito esforço finalmente chegámos à famosa pedra rinoceronte. Sem dúvida alguma é uma obra perfeita e inexplicável da natureza.

Hvitserkur

Hvitserkur

 

Dia 8

Península Snæfellsnes

Budakirkja – É a igreja preta de Islândia, um dos lugares mais fotografados da península.

Budakirkja

Budakirkja

Arnarstapi – Aqui podes visitar as falésias e a famosa estátua com forma de troll. Depois do passeio, aconselho almoçar numa roulotte que se encontra no lado oposto do parque de estacionamento. A comida era muito boa!

Arnarstapi

Arnarstapi

Svörtuloft – É um farol laranja, que também é muito popular entre os turistas. Infelizmente, não conseguimos chegar até ao farol, porque a estrada estava em mau estado e não quisemos arriscar com a carrinha.

 

Dia 9

Círculo dourado

Parque Nacional Thingvellir – O vale Thingvellir é uma das paragens obrigatórias do círculo dourado. Aqui encontra-se o Parque Nacional, um dos lugares históricos mais importantes de Islândia. E está localizado a uns 44 km de Reykjavik, a capital de Islândia.

Parque Nacional Thingvellir

Parque Nacional Thingvellir

Geysir – Os géiser são umas fontes termais intermitentes que lançam água e vapor desde o solo. Ver o géiser em erupção foi uma das coisas que mais me fascinaram em toda a viagem. E vocês, também gostariam de ver um géiser em erupção?

Geysir

Geysir

Gullfoss – Em Islandês “cascata dourada”, é uma das atrações mais populares de Islândia. Apesar de não ser a maior cascata do país é a mais visitada, por estar localizada tão perto de Reykjavik.

Gullfoss

Gullfoss

Cratera Kerið – A cratera Kerið é considerada uma das mais perfeitas da ilha, devido à forma circular do seu lago quase perfeito, que tem aproximadamente 55 metros de profundidade. Para ver a cratera tem que se pagar 400 ISK – 2.88€ (aprox.) por pessoa. Uma vez dentro do recinto, podes dar a volta completa à cratera e também podes descer até ao lago e ter uma perspectiva de lá de baixo. Kerið tem umas cores super vivas e o lago um azul turquesa super bonito. É um sítio que merece a pena pagar para ver!

Cratera Kerið

Cratera Kerið

 

Dia 10

Reykjavík – É a capital de Islândia, e também é a cidade mais povoada da ilha.
Uma cidade moderna, acolhedora e com um toque muito especial. Em Reykjavík não vais encontrar edifícios altíssimos e o congestionamento de uma cidade Europeia grande. Aqui as casas são baixas e coloridas, as ruas cheias de vida e arte. Também se diz que Reykjavik é uma das cidades mais limpas, verdes e seguras do mundo. E depois do nosso pequeno passeio pela cidade, até aposto que seja verdade. ?

Reykjavík

Reykjavík

 

Dia 11

Reykjavík – Marcamos um Free Tour pela cidade para poder conhecer um pouco a sua história. Sempre que viajamos a novos lugares gostamos de fazer um, já que aprendemos bastante. Não só de história mas também dicas e lugares onde comer.

 

Dia 12

Camping – O nosso último dia na cidade, e uma vez tudo preparado para a viagem de volta decidimos passar o dia no parque de campismo. Aproveitar a natureza e socializar com outros viajantes. É impressionante o que podemos aprender com as experiências de outros aventureiros. Para mim é algo enriquecedor! O plano perfeito, natureza, chá e muita conversa! ?

 

Dia 13

Estava na hora de nos despedirmos de Islândia, a nossa aventura pela “ilha do gelo e do fogo” chegava ao fim. Um país maravilhoso, que nos ofereceu muito em tão pouco tempo. Tudo o que vivemos e aprendemos em Islândia não tem preço. E mais uma vez, o sentimento de nostalgia invade a nossa mente, é hora de voltar para casa.

Hoje em dia, a vontade de voltar à Islândia permanece, e espero que um dia possa voltar a este precioso lugar!

Uma viagem recomendada a 100%!